Concurso Literário de Terror e Suspense
Vamos Crescer Juntos
Textos
Convidamos nossos leitores a conhecerem um pouco mais da autora Maria Elisa S Ribeiro que lança seu primeiro livro A SEGUNDA NATUREZA pela Verlidelas com prefácil de Luciana Barreto e apresentação de Paula Giannini.
Com admirável prodigalidade imaginativa, a escritora surpreende ao alcançar o equilíbrio entre enredos prodigiosos – assentados na clave do insólito/estranho/fantástico – e a tração narrativa típica dos grandes escritores. Soma-se ainda um requinte textual próprio da linguagem poética, dado o apuro imagético vertido em diálogos afiados e narrações envolventes, nos esperados tensionamentos dramáticos que movem os mais excitantes, sofisticados, e nada banais, thrillers ou novelas de suspense.
Entre o inexplicável-misterioso e o absurdo-real, somos convidados por Maria Elisa S. Ribeiro a este caminho sem volta. E seguimos – conto a conto – atados a uma espécie de vagão de trem fantasma, a partir do qual o atordoante percurso há de ser cumprido, desassossegadamente, até o fim.
Luciana Barreto
Há nos contos de “A segunda natureza”, primeiro livro de Maria Elisa S. Ribeiro, uma espécie de fenda para um submundo fascinante, estranhamente sedutor. Essa passagem é um convite direto para o leitor flertar com a obscura natureza do horror. Os textos, uma ponte entre o pavor e a segurança oferecida pelo distanciamento do papel, trazem aquilo que há de melhor nos mais autênticos representantes do gênero: a capacidade de tocar o público em algum lugar recôndito de sua alma, de mexer com seu subconsciente, trazendo à tona sensações quase inconfessáveis, o outro eu que habita cada um de nós, a natureza oculta sob a pele do cordeiro, aquela que morde e não é encontrada na superfície, a segunda natureza.
Paula Giannini
BATE-PAPO COM AUTOR
CLTS - Como/quando começou esta sua paixão pela escrita?
Elisa Ribeiro - Fui uma criança e adolescente que gostava muito de ler, mas só escrevia sob demanda na escola. Já era adulta quando escrevi meu primeiro conto para participar em um Concurso Literário e fui surpreendida com o primeiro lugar. Estava morando na Flórida, o concurso foi promovido por um jornal de lá e o prêmio foi nada menos do que passagens, hospedagem e uma semana de carro em Miami. Foi a partir daí que comecei a escrever ficção, embora de forma irregular e esparsa. A dedicação mais assídua e disciplinada à produção dos textos literários só começou mesmo em 2016.
CLTS - Qual seu tema preferido e o que levou você a escolhê-lo?
Elisa Ribeiro - Há dois temas aos quais recorro com muita frequência nos contos. Um deles é a velhice, as perdas inerentes a essa fase da vida, o medo de envelhecer, o contraste entre o envelhecimento físico e o mental/comportamental, entre outras abordagens. Em A SEGUNDA NATUREZA há dois contos que trazem esse tema. Num deles aparece o medo da velhice, no outro o enfoque é a solidão.
Outra recorrência nas minhas narrativas é a intromissão do elemento fantástico, não importa o gênero em que escreva. Não consigo controlar, é mais forte do que eu. No livro, a presença do sobrenatural é um dos elementos que confere coesão ao volume.
CLTS - Você tem outros trabalhos publicados físicos ou na internet? Quais?
Elisa Ribeiro- Costumo publicar poemas nas minhas redes sociais e participo de alguns coletivos literários onde publico contos e poemas. Contos meus podem ser encontrados em As Contistas, um blog que reúne textos de mulheres escritoras espalhadas pelo Brasil e Portugal, e o Entrecontos, um blog de desafios literários muito interessante no qual há uma troca valiosa de experiência entre autores mais maduros e outros mais iniciantes.
CLTS - Em A SEGUNDA NATUREZA, qual conto você destaca ou acredita que o leitor se identificará com ele?
Elisa Ribeiro - É difícil dizer porque os temas variam bastante no livro. Diria que Faca de Prata é um conto com grande potencial de identificação com o leitor. O tema abordado é forte, mas a ambientação contemporânea e o narrador meio irônico atenuam o impacto para os mais sensíveis. O conto também tece alguns comentários sociais. Por isso acho que é um conto com grande possibilidade de agradar diferentes públicos leitores.
CLTS - Quais as dificuldades em publicar um livro solo?
Elisa Ribeiro - A primeira delas é reunir um material consistente e com alguma unidade de tema ou de estilo. O segundo desafio após reunir o material é conseguir uma editora interessada no seu original. No meu caso, o processo de conseguir uma editora acabou ocorrendo de forma natural. Eu já estava com o original bem maduro e entrando em contato com algumas editoras e, como havia participado recentemente de uma antologia da Verlidelas e gostado muito do tratamento recebido e da qualidade do trabalho, entrei em contato com o editor, o Sergio Carmach e ele se interessou pela minha proposta.
CLTS - O que você acha dos concursos literários na internet como o CLTS?
Elisa Ribeiro - Acho que os concursos são muito importantes para testarmos a recepção dos nossos textos. Boa parte dos contos de A SEGUNDA NATUREZA surgiram de participações em concursos literários. Dois deles, Mayara Sereia e O velho, salvo engano, participaram de edições do CLTS.
Além de testarmos nossa escrita também aprendemos muito lendo e comentando o trabalho de outros colegas escritores. Acho muitíssimo saudável, sempre, essa interação.
CLTS - Você tem algum autor ou obra nacional como referência?
Elisa Ribeiro - Eu sempre escapo dessa pergunta citando dois cânones incontestáveis da nossa literatura, aos quais sempre retorno como leitor. Na prosa, sobretudo nas narrativas curtas, o nosso grande Machado. Na poesia, outro grande, o João Cabral de Melo Neto, meu poeta brasileiro preferido.
CLTS - Cite um livro que todos deveriam ler, além de A Segunda Natureza?
Elisa Ribeiro - Como o público aqui gosta de terror, vou citar três clássicos que todos os amantes do terror precisam ler e, se possível, reler sempre. Drácula, de Bram Stoker; Histórias Extraordinárias, do mestre Edgar Allan Poe e o inigualável A volta do parafuso, de Henry James.
CLTS - Qual o conselho você daria para alguém que está começando?
Elisa Ribeiro - Escreva sempre, leia muito e participe de comunidades de escritores. Ler obras variadas e interagir com escritores são grandes oportunidades de aprendizagem e de aprimoramento da escrita. Mas não deixe que nenhuma das duas coisas roube seu tempo de escrever. Pois escritores se forjam na labuta sobre a folha branca do papel.
CLTS - Uma sinopse do livro.
Elisa Ribeiro - O livro reúne doze contos selecionados entre os textos que produzi nos últimos três anos. O que dá unidade ao conjunto é a presença do elemento sobrenatural em todas as narrativas aliado à intenção de produzir um efeito de estranhamento no leitor. Há também uma unidade de estilo poderia ser sintetizada como uma mistura de temáticas fortes com linguagem leve.
Embora o enredo da maioria dos contos aborde temas tradicionais do gênero terror, a atmosfera que predomina nas narrativas é mais de estranheza e mistério do que de medo propriamente.
Há contos que abordam questões sociais, outros que trazem elementos de cultura popular, confesso que num exercício de conferir sotaque brasileiro a temas tradicionais do terror como a metamorfose, por exemplo que surge em mais de um dos contos. Outras questões que aparecem no livro são a velhice, como já comentado acima e os conflitos familiares.
CLTS - Como adquirir um exemplar.
Elisa Ribeiro - Os exemplares podem ser adquiridos diretamente comigo ou no site da editora.
Leia o texto na integra no livro A SEGUNDA NATUREZA
Disponível para aquisição no site da editora
https://www.verlidelas.com/product-page/a-segunda-natureza
ou diretamente com a autora
melisas.ribeiro@gmail.com
https://www.facebook.com/melisas.ribeiro/
https://www.instagram.com/elisas.ribeiro/
PARTICIPEM DO CLTS 13
https://www.recantodasletras.com.br/contosdeterror/7078719
Com admirável prodigalidade imaginativa, a escritora surpreende ao alcançar o equilíbrio entre enredos prodigiosos – assentados na clave do insólito/estranho/fantástico – e a tração narrativa típica dos grandes escritores. Soma-se ainda um requinte textual próprio da linguagem poética, dado o apuro imagético vertido em diálogos afiados e narrações envolventes, nos esperados tensionamentos dramáticos que movem os mais excitantes, sofisticados, e nada banais, thrillers ou novelas de suspense.
Entre o inexplicável-misterioso e o absurdo-real, somos convidados por Maria Elisa S. Ribeiro a este caminho sem volta. E seguimos – conto a conto – atados a uma espécie de vagão de trem fantasma, a partir do qual o atordoante percurso há de ser cumprido, desassossegadamente, até o fim.
Luciana Barreto
Há nos contos de “A segunda natureza”, primeiro livro de Maria Elisa S. Ribeiro, uma espécie de fenda para um submundo fascinante, estranhamente sedutor. Essa passagem é um convite direto para o leitor flertar com a obscura natureza do horror. Os textos, uma ponte entre o pavor e a segurança oferecida pelo distanciamento do papel, trazem aquilo que há de melhor nos mais autênticos representantes do gênero: a capacidade de tocar o público em algum lugar recôndito de sua alma, de mexer com seu subconsciente, trazendo à tona sensações quase inconfessáveis, o outro eu que habita cada um de nós, a natureza oculta sob a pele do cordeiro, aquela que morde e não é encontrada na superfície, a segunda natureza.
Paula Giannini
BATE-PAPO COM AUTOR
CLTS - Como/quando começou esta sua paixão pela escrita?
Elisa Ribeiro - Fui uma criança e adolescente que gostava muito de ler, mas só escrevia sob demanda na escola. Já era adulta quando escrevi meu primeiro conto para participar em um Concurso Literário e fui surpreendida com o primeiro lugar. Estava morando na Flórida, o concurso foi promovido por um jornal de lá e o prêmio foi nada menos do que passagens, hospedagem e uma semana de carro em Miami. Foi a partir daí que comecei a escrever ficção, embora de forma irregular e esparsa. A dedicação mais assídua e disciplinada à produção dos textos literários só começou mesmo em 2016.
CLTS - Qual seu tema preferido e o que levou você a escolhê-lo?
Elisa Ribeiro - Há dois temas aos quais recorro com muita frequência nos contos. Um deles é a velhice, as perdas inerentes a essa fase da vida, o medo de envelhecer, o contraste entre o envelhecimento físico e o mental/comportamental, entre outras abordagens. Em A SEGUNDA NATUREZA há dois contos que trazem esse tema. Num deles aparece o medo da velhice, no outro o enfoque é a solidão.
Outra recorrência nas minhas narrativas é a intromissão do elemento fantástico, não importa o gênero em que escreva. Não consigo controlar, é mais forte do que eu. No livro, a presença do sobrenatural é um dos elementos que confere coesão ao volume.
CLTS - Você tem outros trabalhos publicados físicos ou na internet? Quais?
Elisa Ribeiro- Costumo publicar poemas nas minhas redes sociais e participo de alguns coletivos literários onde publico contos e poemas. Contos meus podem ser encontrados em As Contistas, um blog que reúne textos de mulheres escritoras espalhadas pelo Brasil e Portugal, e o Entrecontos, um blog de desafios literários muito interessante no qual há uma troca valiosa de experiência entre autores mais maduros e outros mais iniciantes.
CLTS - Em A SEGUNDA NATUREZA, qual conto você destaca ou acredita que o leitor se identificará com ele?
Elisa Ribeiro - É difícil dizer porque os temas variam bastante no livro. Diria que Faca de Prata é um conto com grande potencial de identificação com o leitor. O tema abordado é forte, mas a ambientação contemporânea e o narrador meio irônico atenuam o impacto para os mais sensíveis. O conto também tece alguns comentários sociais. Por isso acho que é um conto com grande possibilidade de agradar diferentes públicos leitores.
CLTS - Quais as dificuldades em publicar um livro solo?
Elisa Ribeiro - A primeira delas é reunir um material consistente e com alguma unidade de tema ou de estilo. O segundo desafio após reunir o material é conseguir uma editora interessada no seu original. No meu caso, o processo de conseguir uma editora acabou ocorrendo de forma natural. Eu já estava com o original bem maduro e entrando em contato com algumas editoras e, como havia participado recentemente de uma antologia da Verlidelas e gostado muito do tratamento recebido e da qualidade do trabalho, entrei em contato com o editor, o Sergio Carmach e ele se interessou pela minha proposta.
CLTS - O que você acha dos concursos literários na internet como o CLTS?
Elisa Ribeiro - Acho que os concursos são muito importantes para testarmos a recepção dos nossos textos. Boa parte dos contos de A SEGUNDA NATUREZA surgiram de participações em concursos literários. Dois deles, Mayara Sereia e O velho, salvo engano, participaram de edições do CLTS.
Além de testarmos nossa escrita também aprendemos muito lendo e comentando o trabalho de outros colegas escritores. Acho muitíssimo saudável, sempre, essa interação.
CLTS - Você tem algum autor ou obra nacional como referência?
Elisa Ribeiro - Eu sempre escapo dessa pergunta citando dois cânones incontestáveis da nossa literatura, aos quais sempre retorno como leitor. Na prosa, sobretudo nas narrativas curtas, o nosso grande Machado. Na poesia, outro grande, o João Cabral de Melo Neto, meu poeta brasileiro preferido.
CLTS - Cite um livro que todos deveriam ler, além de A Segunda Natureza?
Elisa Ribeiro - Como o público aqui gosta de terror, vou citar três clássicos que todos os amantes do terror precisam ler e, se possível, reler sempre. Drácula, de Bram Stoker; Histórias Extraordinárias, do mestre Edgar Allan Poe e o inigualável A volta do parafuso, de Henry James.
CLTS - Qual o conselho você daria para alguém que está começando?
Elisa Ribeiro - Escreva sempre, leia muito e participe de comunidades de escritores. Ler obras variadas e interagir com escritores são grandes oportunidades de aprendizagem e de aprimoramento da escrita. Mas não deixe que nenhuma das duas coisas roube seu tempo de escrever. Pois escritores se forjam na labuta sobre a folha branca do papel.
CLTS - Uma sinopse do livro.
Elisa Ribeiro - O livro reúne doze contos selecionados entre os textos que produzi nos últimos três anos. O que dá unidade ao conjunto é a presença do elemento sobrenatural em todas as narrativas aliado à intenção de produzir um efeito de estranhamento no leitor. Há também uma unidade de estilo poderia ser sintetizada como uma mistura de temáticas fortes com linguagem leve.
Embora o enredo da maioria dos contos aborde temas tradicionais do gênero terror, a atmosfera que predomina nas narrativas é mais de estranheza e mistério do que de medo propriamente.
Há contos que abordam questões sociais, outros que trazem elementos de cultura popular, confesso que num exercício de conferir sotaque brasileiro a temas tradicionais do terror como a metamorfose, por exemplo que surge em mais de um dos contos. Outras questões que aparecem no livro são a velhice, como já comentado acima e os conflitos familiares.
CLTS - Como adquirir um exemplar.
Elisa Ribeiro - Os exemplares podem ser adquiridos diretamente comigo ou no site da editora.
Leia o texto na integra no livro A SEGUNDA NATUREZA
Disponível para aquisição no site da editora
https://www.verlidelas.com/product-page/a-segunda-natureza
ou diretamente com a autora
melisas.ribeiro@gmail.com
https://www.facebook.com/melisas.ribeiro/
https://www.instagram.com/elisas.ribeiro/
PARTICIPEM DO CLTS 13
https://www.recantodasletras.com.br/contosdeterror/7078719
CLTS CONCURSO LITERÁRIO DE TERROR E SUSPENSE
Enviado por CLTS CONCURSO LITERÁRIO DE TERROR E SUSPENSE em 21/10/2020
Alterado em 21/10/2020
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